Necessidade do uso racional dos recursos hídricos é um dos compromissos a serem lembrados no Dia Mundial da Água
Nesta sexta-feira (22), o planeta celebra o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, uma data importante para conscientização sobre o uso racional desse bem indispensável à vida. Para a Jacobina Mineração Pan American Silver, os cuidados com a água, que incluem o uso responsável e a preservação das fontes, vão muito além do dia 22 de março. É uma premissa o desenvolvimento dos negócios da companhia de forma sustentável e um compromisso com as futuras gerações.
Usando tecnologias e adotando políticas de uso racional dos recursos naturais, a empresa tem o índice de 95% no reuso de água em seus processos. “Isto significa que evitamos captar 327 milhões de litros de água por mês, volume que fica disponível para outros usos.”, avalia o Especialista de Recursos Hídricos da Pan American Silver Brasil, Átila Rios.
Mas o objetivo é buscar ainda mais eficiência para reduzir os 5% de captação de água nova que hoje é destinado ao consumo humano dentro da empresa e a usos industriais que ainda precisam de uma água de melhor qualidade. “Os estudos estão sendo realizados justamente para tratar a água de reuso para os padrões de qualidade exigidos em processos industriais, inclusive novas tecnologias e melhorias no sistema de distribuição de água potável para reduzir desperdícios e perdas”, adianta Átila Rios.
A água é um insumo essencial no processo de mineração e industrial, mas através da recirculação de água de volta aos processos é possível manter as atividades sem captar novamente na natureza. Na JMC, o reuso das águas se dá principalmente nos processos de desenvolvimento e lavra nas minas subterrâneas e de beneficiamento do minério na planta metalúrgica. “Após o uso nesses processos, as águas são destinadas para as próprias galerias (desenvolvimento e lavra) ou para a barragem de rejeitos (beneficiamento) e retornam novamente para os processos, refazendo o ciclo produtivo. Quando necessário, as águas passam por algum tipo de tratamento para reuso, no nosso caso, principalmente a correção de pH e redução da concentração de sólidos para evitar comprometimento das tubulações e dos equipamentos”, explica Átila.
Preservação
Além do reuso de água, a JMC investe continuamente na preservação de 18 nascentes que estão dentro da propriedade da empresa, garantindo que nenhuma atividade ou intervenção humana ocorram nesses locais. Equipes realizam o monitoramento hídrico e de fauna em 230 pontos. “As áreas que abrigam nascentes são consideradas zonas onde atividades não são permitidas, garantindo assim a preservação e a manutenção do abastecimento hídrico. Os monitoramentos são realizados tanto interna quanto externamente, com os dados externos sendo coletados e analisados por um laboratório credenciado, em conformidade com os limites legais estipulados na legislação vigente. Dessa forma, nossos resultados são consistentes com os parâmetros legais estabelecidos”, detalha o Gerente Geral da JMC, Edvaldo Amaral.
Além das iniciativas internas, a Jacobina Mineração firmou uma parceria com o projeto “As Águas da Jacobina – Mapeando, entendendo e conservando as nascentes das Serras da Jacobina”. Um projeto de extensão e pesquisa elaborado por Gustavo Hees de Negreiros Ph.D., Professor do Colegiado de Geografia da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF com o objetivo central de mapear e caracterizar as nascentes presentes na porção sul das serras da Jacobina para compreender as funções naturais e sociais que as nascentes exercem, suas condições de conservação, e possíveis intervenções que possam ser realizadas para melhorar a preservação das mesmas.
O Projeto foi iniciado em 2023 e tem duração de dois anos. “Manter as nascentes preservadas é algo inegociável para nós. Por isso acreditamos que essa será uma importante parceria para Jacobina, pois esses estudos vão indicar também como a comunidade poderá preservar as nascentes assim como nós já fazemos com as que temos em nossas propriedades.” afirma Edvaldo.