Reportagem: A Tarde. Foto: Divulgação

Condenado em última instância a nove anos de prisão por estupro, o atacante Robinho, ex-seleção brasileira, corre o risco de preso imediatamente assim que desembarcar em países como Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia, China, Coreia do Sul, Austrália, Canadá, todos os 50 signatários da Convenção Europeia de Extradição e outros. As informações são da coluna de Diego Garcia no UOL.

Robinho está no Brasil e o país, por regra constitucional, não extradita seus próprios cidadãos. No entanto, se deixar o Brasil, ele deve ser preso, já que a Itália possui tratada de extradição na maioria do mundo. Poucos países não tem acordo com os italianos, como Jamaica, Namíbia, Camboja, Emirados Árabes, Seychelles, Nepal, Belize, Madagascar, Malásia e Cabo Verde.

Atualmente, Robinho mora em Santos e vive da fortuna que acumulou durante a sua carreira, com passagens por grandes clubes como Real Madrid, Milan e Manchester City.

De acordo com a imprensa italiana, a Justiça deve emitir nesta semana um pedido formal ao Judiciário brasileiro para discutir uma eventual extradição de Robinho. No entanto, isso não deve acontecer, já que a Constituição veta a extradição de brasileiros natos.

Uma outra possibilidade é que a Justiça italiana peça que o jogador cumpra a pena em uma penitenciária do Brasil, o que é permitido, de acordo com o Código Penal brasileiro, já que o crime cometido também é tipificado pela legislação daqui. A sentença proferida na Itália teria que ser homologdo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Condenação

Na última quarta-feira, 19, Robinho foi condenado em última instância a nove anos de prisão em sentença definitiva e com execução imediata. O crime ocorreu em 2013, quando o atleta defendia as cores do Milan (ITA), na cidade de Milão. De acordo com o processo, Robinho, Falco e outros quatro amigos estupraram uma mulher albanesa de 23 anos na boate Sio Cafe. Como os seis já haviam deixado a Itália no decorrer das investigações, não foram processados.
Em 2014, quando interrogado, Robinho admitiu ter mantido relação sexual com a vítima, mas negou as acusações de violência sexual. O jogador não compareceu a nenhuma das audiências nos quase seis anos de julgamento, por medo de ser preso ao estar em solo italiano.