Reportagem: Edu Mota, Brasília/ Bahia Notícias; Foto: Divulgação/ Câmara dos Deputados
Nossa função é prestar um trabalho à democracia, e o Congresso Nacional não poderia deixar de investigar uma possível orquestração maior de um golpe para interromper a democracia. A afirmação foi feita pelo deputado Arthur Maia (União-BA), ao ser eleito, por aclamação, como presidente da comissão parlamentar mista de inquérito que vai investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, em Brasília.
O deputado baiano disse aos membros da comissão que espera um ambiente de respeito entre governo e oposição, e reiterou que os trabalhos de investigação serão realizados “em praça pública”, de forma aberta e transparente para que sejam acompanhados pela sociedade.
“Não é razoável que tenhamos vivido tudo aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, com invasão das sedes dos três poderes, e nada disso seja investigado pelo Congresso. Nós sabemos que há uma narrativa de que tudo que aconteceu está envolvido em orquestração maior de possível golpe para interromper a democracia no Brasil, e isso não pode passar em branco. Existe também uma narrativa de que houve facilitações às invasões, e tudo isso será investigado aqui”, afirmou Maia.
O presidente da CPMI fez a indicação da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para a relatoria dos trabalhos. Arthur Maia disse que a comissão poderá prestar um grande serviço à democracia, identificando todos os responsáveis pelos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro.
“É muito importante o trabalho dessa CPMI. Tenho usado uma analogia: qualquer um de nós, ao retornarmos para nossa casa, e encontrarmos ela arrombada, não vamos simplesmente querer apenas trocar a fechadura. Nós vamos saber o que aconteceu, promover investigações, saber porque a porta foi arrombada. Sou de uma geração que preza muito a democracia. Portanto, vamos conduzir os trabalhos aqui com seriedade, com respeito, e com amor à democracia, haveremos de prestar um grande serviço ao Brasil”, disse o deputado Arthur Maia.