Por Camila São José / Francis Juliano, Bahia Notícias

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) acatou recurso do Ministério Público do Estado (MP-BA) e considerou ilegal uma lei que reduzia de 80% para 40% a taxa de esgoto cobrada pela Embasa, responsável pelo saneamento básico no município, em Ibotirama, no Oeste baiano. A decisão é desta terça-feira (21).

Na determinação, o desembargador Jatahy Júnior considerou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo MP-BA. Conforme o órgão, a lei municipal 018/2017 contraria as constituições estadual e federal e também invade uma competência que seria privativa da prefeitura.

Ainda assim, a lei citada também estaria em vício de inconstitucionalidade material, por conta de alterar o contrato de concessão firmado entre o Município e a concessionária, no caso, a Embasa.

O desembargador ainda assinalou que a tarifa cobrada pelo esgotamento sanitário é fixada no contrato de concessão e a redução do percentual, sem prévio estudo de impacto e, sem prever qualquer forma de compensação, afeta o equilíbrio econômico-financeiro, com a consequente elevação da despesa do Município em termos de responsabilidade pelo reequilíbrio contratual.