Reportagem: Yahoo Notícias
O objetivo, segundo o ministro, é reforçar a proteção diante do avanço de variantes, em especial a Delta, do coronavírus.
“Estamos planejando aqui, para que no momento em que tivermos todos os dados científicos, número de doses suficientes, já orientar o reforço dessa vacina, isso em relação a todos os imunizantes disponíveis”, explicou o ministro.
No fim de julho, Queiroga já havia anunciado que o ministério havia encomendado um estudo para avaliar a necessidade da terceira dose naqueles que receberam a Coronavac. Segundo afirmou nesta quinta-feira, a decisão de estudar o imunizante chinês da Sinovac, fabricado no Brasil pelo Instituto Butantan, veio porque já há estudos sobre a terceira dose de outras vacinas.
“Ainda não há evidência científica sólida de como deve ser. Se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso”, disse o ministro.
“Pessoas com duas doses podem adoecer, inclusive em formas graves, mas se compararmos os que se vacinaram com duas doses e aqueles que não receberam a vacina, o benefício da imunização é incontestável”, declarou Queiroga.
Além disso, o ministro reiterou que a pasta vai decidir em setembro se irá diminuir o intervalo entre as doses de Pfizer de 3 meses para 21 dias, como orienta a bula da vacina. Em agosto, a pasta espera ter distribuído doses suficientes para a primeira aplicação em adultos.
Já o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, apresentou projeção interna do ministério sobre o ritmo de imunização. Caso seja aprovada a diminuição do intervalo entre as doses de Pfizer e a aplicação de cerca de 2,4 milhões de doses por dia, a perspectiva é de praticamente terminar a imunização de maiores de 18 anos com duas doses até o fim de outubro.
O ministro aproveitou para também rebater críticas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em relação aos critérios de distribuição de vacinas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). O governador afirma que o estado está recebendo menos doses do que deveria.
Queiroga repetiu o que já vem afirmando que não há injustiças e que São Paulo, na verdade, havia recebido mais doses proporcionalmente que outros estados, por ter mais pessoas dentro dos grupos prioritários.