A nomeação do ex-prefeito Leopoldo Passos como chefe de gabinete da Prefeitura de Jacobina provocou forte repercussão política no município. Condenado pela Justiça e impedido de disputar as eleições de 2024 por inelegibilidade, Leopoldo foi oficialmente anunciado no cargo pela atual prefeita Valdice Castro — sua esposa —, o que gerou críticas de lideranças locais e reações da oposição.

A odontológa Mariana Oliveira, se manifestou em suas redes sociais classificando o ato como “uma repetição do passado” e uma “oportunidade perdida de empoderamento feminino”. Citando a canção “O Tempo Não Para”, de Cazuza, Mariana destacou o simbolismo negativo da decisão: “Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades”.

Para Mariana, embora Leopoldo tenha experiência como gestor, a nomeação compromete a autonomia da atual prefeita e enfraquece o papel da mulher na política. “Estamos em 2025, e uma mulher ocupa um espaço importante de poder. Mas simplesmente joga fora a oportunidade de se empoderar e dar o exemplo a outras mulheres de que sim, nós temos condições de governar com a nossa marca: a marca das mulheres que lutam, que estão à frente da maioria das famílias e que ainda sofrem diversos tipos de violência”.

A líder política que nas últimas eleições ficou em segundo lugar com mais de 15 mil votos, defende que Jacobina precisa de uma gestão voltada para o cuidado com o povo e o território, e não de “cenas revanchistas” ou da perpetuação de uma política concentrada em poucas mãos. Por fim, Mariana cobrou que a atual gestão de Jacobina apresente um planejamento robusto e moderno, com foco em desenvolvimento social, cultural e econômico.

“O que desejo é que a atual gestão esteja se debruçando sobre um planejamento arrojado. E que, o mais breve possível, tenhamos contas em dia e um município cheio de investimentos públicos e privados, instalados no bem viver”.